Nesta coluna, você vai acompanhar de perto a minha carteira de investimentos e aprender mais sobre renda variável para a construção de uma carteira previdenciária.
A carteira teve uma valorização de 4,14% em julho, mais uma grande alta e, novamente, bem acima do Índice Bovespa, que valorizou apenas 0,84%.
Por causa de três meses consecutivos de alta, optei por destinar boa parte da poupança para a renda fixa. Com isso, fico mais protegido para uma possível correção na renda variável.
Foi um mês com muitas operações, abaixo você confere os detalhes e fica por dentro de tudo o que ocorre em minha carteira de investimentos.
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Renda Fixa vs. Renda Variável
A proporção em renda fixa teve aumento de 21,46% para 23,42%. A estratégia de aumentar a reserva em renda fixa para os momentos de adversidade continua. Dessa vez quase todo o investimento foi destinado para renda faixa. O percentual em renda fixa só não ficou maior graças à alta rentabilidade da renda variável.
Rentabilidade mensal
A rentabilidade mensal é medida ao levar em consideração a variação entre o preço na liquidação de todos os ativos e os rendimentos do mês. Para saber mais sobre o cálculo de rentabilidade.
ERRATA: a rentabilidade do mês passado foi calculada errada, em vez de 5,27% foi 5,60%. O gráfico já está apresentado com o ajuste.
Em julho, a rentabilidade de 4,14% foi superior ao índice Ibovespa, que funciona como um termômetro do mercado de capitais, e valorizou 0,84%. Toda essa rentabilidade foi ótima e é esperado que fique acima do Ibovespa na maioria das vezes, afinal o índice tem tanto empresas boas quanto ruins, enquanto minha carteira é composta de boas empresas.
E, como boa parte da minha carteira de investimentos está em renda variável, isso traz uma expressiva variação mensal, como pode ser visto no gráfico.
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Carteira de Investimentos
Dessa vez houve liquidação de dois ativos (OIBR4 e RNGO11) que, juntos, correspondiam a 1,34% da carteira e adição de Ultrapar (UGPA3), que representa apenas 1,10% da carteira. Com isso, a carteira tinha 26 ativos e passou a ter 25. Como vocês podem ver, mesmo assim minha carteira continua pulverizada.
A estratégia de priorizar os ativos em carteira continua e, atualmente, as dez maiores posições representam 75,17% da carteira.
Esse mês foi um pouco mais movimentado, vamos falar um pouco das operações.
Operações
O mês começou com a venda de 6% do que tinha em EcoRodovias (ECOR3), umas das maiores empresas de concessão rodoviária do Brasil. Nos últimos três meses a cotação da empresa teve mais de 30% de valorização e chegou no valor que considero justo. Com isso, optei por fazer uma leve redução para aportar em empresas que acredito estarem mais atrativas.
Hoje já considero o ativo bem precificado e não vejo, a priori, tanto potencial de alta daqui para frente. Como a empresa continua muito boa, optei apenas por realizar leve redução de minha posição, resultando em um ganho de pouco mais de 40% considerando dividendos, enquanto que o CDI líquido do período não chega a 10%. Com isso, continuo bem posicionado e, se ocorrer uma forte alta, estarei preparado para vender mais um pouco da minha posição.
Ainda falando sobre vendas, também vendi minha posição nas ações preferenciais da Oi (OIBR4). Tinha tanto ações ordinárias (OIBR3) quanto preferenciais (OIBR4). Por causa do ágio nas ações preferencias, negociadas a um preço maior do que 10% das ações ordinárias, decidi diminuir minha exposição na Oi e concentrar minhas ações apenas nas classe ordinária (OIBR3).
Uma outra posição liquidada foi no fundo imobiliário de lajes comerciais, Rio Negro (RNGO11). A decisão de venda foi meramente por ser uma posição muito pequena no meu portfólio (menor que 0,28%), de modo que não valia a pena despender tempo acompanhando o ativo.
Todo o dinheiro da venda junto com o dinheiro investido foi destinado a três ativos: o fundo imobiliário Malls Brasil Plural (MALL11), Ultrapar (UGPA3) e PetroRio (PRIO3).
Dobrei minha posição no fundo imobiliário Malls Brasil Plural (MALL11), recentemente fiz análise sobre o fundo, para saber mais clique aqui.
Já referente a Ultrapar (UGPA3), foi uma nova adição na carteira. Fazia meses que estava analisando o ativo até finalmente tomar essa decisão. A Ultrapar é um enorme grupo que atua em diversos setores através de várias empresas. As principais operações do grupo são no setor de distribuição de combustíveis, através dos postos Ipiranga e da Ultragaz. Além desse setor, ela atua na produção de especialidades químicas, por meio da empresa Oxiteno, serviços de armazenagem para granéis líquidos, através da Ultracargo, e com um pouco menos de relevância no setor de farmácias, por meio da Extrafarma.
A empresa tem um grande histórico de bons resultados e, pelo seu tamanho, será raro comprar essa empresa de forma barata, então o mais sensato é esperar um preço razoável. E esse preço finalmente chegou após 18 meses de queda no preço da ação, como pode ser visto abaixo:
A Ultrapar negocia atualmente por volta dos R$ 16 por ação, bem abaixo dos R$ 40 que eram negociados 18 meses atrás. É importante ter paciência para comprar boas empresas por preços no mínimo razoáveis. Claro que toda essa queda não foi à toa, nos últimos trimestres ela tem entregado resultados abaixo das expectativas e isso gera incertezas quanto ao futuro. Investi em Ultrapar pela competência da gestão e por acreditar que esses resultados fracos sejam momentâneos, além de estar com relação P/L nas mínimas históricas.
E sobre PetroRio (PRIO3) aumentei em 20% a posição que já detinha. O racional para compra pode ser conferido aqui e aqui.
Continuo deixando minha reserva para resgate imediato lá na NuConta, rendendo 100% do CDI sem burocracia. Sigo aguardando boas oportunidades para investimento.
Para fechar!
Este foi um mês movimentado, sendo mais ativo para enxugar a carteira e aproveitar as oportunidades.
Como sempre, sigo comprando em bolsa de valores até que não tenha mais oportunidades que valham a pena. Caso a bolsa de valores continue a subir, é possível que realize mais algumas vendas para ampliar o percentual em renda fixa.
A bolsa em julho teve pequena valorização e acredito que a tendência é de alta, mesmo com quedas pontuais no meio do caminho. Creio nisso pelas reformas econômicas que estão em curso, como a da previdência e a tributária e o pacto federativo. Todas elas contribuirão para uma melhoria estrutural do país e, com isso, diminuirão a taxa de juros e alavancarão os resultados do Brasil para os próximos anos, mesmo em um cenário exterior adverso. Saiba mais sobre previdência.
Muitas agentes econômicos esperam uma queda da taxa básica de juros para 5% a.a. até o final de 2019, eu sou mais conservador e estimo que cheguemos a 5,5%.
Sobre o cenário externo muitos seguidores andam com medo das tenções econômicas e o quanto isso pode impactar a bolsa de valores brasileira.
Esse cenário sempre está na mesa, embora ninguém saiba quando ocorrerá. Mas temos também o cenário oposto, você fica fora da bolsa esperando a próxima crise o que só ocorre depois de anos e com isso você perde toda a valorização da bolsa.
Então o que fazer para aproveitar a alta e ainda se preparar para uma crise? Preparamos um artigo só para isso, leia aqui.
Se ainda não investe na bolsa e deseja dar o primeiro passo e ser acionista de grandes empresas, como o Banco Itaú, clique aqui.
Quem deseja saber mais sobre fundos imobiliários, clique aqui e aqui. Para conferir nossa primeira análise de fundos imobiliários, clique aqui.
É isso, Poupadores! A cada mês dou um passo para a liberdade financeira. Espero que este conteúdo te ajude a ver que é possível para qualquer um montar sua própria carteira previdenciária e garantir uma boa aposentadoria.
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