Conheça a PetroRio (PRIO3): parte 1

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Olá Poupadores e Poupadoras, aqui sempre recomendamos que você invista de forma fundamentada, isto é, conheça muito bem a empresa na qual você investe.

Para isso, é necessário conhecer a empresa, seus projetos e sua estratégia e então analisar se é ou não uma oportunidade de investimentos.

Dessa vez venho trazer para vocês uma análise da empresa PetroRio, código PRIO3.

Antes de falarmos da PetroRio em si, precisamos falar da sua precursora, a High Resolution Technology (HRT). A HRT foi fundada em 2009, no meio da prosperidade que o setor petroleiro vivia no Brasil.

A empresa iniciou suas atividades de forma privada e veio abrir capital apenas um ano depois, captando 2,6 bilhões com o intuito de explorar petróleo na Bacia Amazônica e na Namíbia.

Então, basicamente, a empresa captou o dinheiro para perfurar poços em uma área que ainda não tinha exploração de petróleo. Até 2013 a companhia havia perfurado 14 poços, e não encontrou nenhuma gota de óleo.

E é claro que os investidores não ficaram contentes, em pouco tempo a empresa estava avaliada em apenas 200 milhões. Afinal quem quer investir apenas em promessas?

Foi por volta de 2013 que a história começou a mudar, o investidor Tanure, conhecido por comprar empresas em dificuldades, reestruturar o negócio e ganhar muito dinheiro, resolveu entrar na jogada e começou a comprar ações da HRT.

Pouco tempo depois, seu fundo, o Docas Investimentos, já era detentor de uma posição relevante, 20% do capital da empresa. Com uma posição relevante, Tanure se juntou a outros investidores para mudar a estratégia de negócio da companhia, estratégia essa que claramente não estava dando certo.

A nova estratégia era muito simples: deixar de lado a exploração de novos poços e focar na produção e exploração de campos maduros, isto é, que já produziam petróleo.

Com o novo plano de negócio, em 2014, a HRT comprou 60% do campo de Polvo, na Bacia de Campos. E logo em seguida, em 2016, veio a comprar o restante do campo de Polvo se tornando detentora de 100%.

A estratégia para lucrar em campos maduros é ‘simples’, reduzir os custos de extração ao máximo. E a empresa foi muito bem-sucedida nesse aspecto, é tanto que o custo de extração do barril caiu dos 48,7 dólares para apenas 28,2 dólares em meados de 2016.

Com a estratégia acertada e a empresa saindo do buraco, em 2015 a empresa então mudou de nome e passou a se chamar PetroRio (PRIO3), enterrando de vez o que restava da HRT.

Pois bem, a estratégia da PetroRio é basicamente a aquisição de campos já em produção e que produzem menos de 50 mil barris por dia.

Esses campos normalmente são desprezados por grandes companhias, pois depois de um tempo requerem novos investimentos para revitalizar e explorar o campo por mais tempo.

De modo que uma grande empresa, como a Petrobras, pode preferir vender a concessão para não despender esforços em um campo que representa muito pouco para o resultado como um todo da empresa. Para vocês terem noção, a Petrobras recentemente está produzindo mais de 3 milhões de barris por dia.

Então a PetroRio, para continuar a crescer, precisa comprar e explorar ao máximo os campos a que tem direito e ela tem conseguido fazer isso muito bem. Além do campo de Polvo, detentora de 60% em 2014 e dos outros 40% em 2016, a PetroRio comprou 10% do campo de Manati em 2017 (exploração de gás), em 2018 adquiriu 18% do campo de frade para exploração de petróleo, e em 2019 veio a comprar o restante (82%) do campo de frade. Como pode ser visto a seguir:

Até aqui todas as aquisições foram bem-sucedidas e diluem o risco da empresa, pois a operação deixou de ser concentrada em apenas um campo.

Confira o restante da análise clicando aqui.

Poupadores, o que acharam dessa primeira parte? Gostou da história da empresa? Deixa um comentário.

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