Conheça os fundamentos da Valid (VLID3): parte 1

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Olá Poupadores e Poupadoras, hoje vamos conhecer uma empresa de tecnologia, a Valid (VLID3). Sempre recomendamos que você invista de forma fundamentada, e para isso é necessário conhecer bem o negócio e a estratégia da empresa.

História

A Valid é uma empresa com mais de 60 anos de história, fundada em 1957 sob o nome de Thomas de La Rue, fornecia serviços de tecnologia em impressão e papel de alta segurança.

O negócio se expandiu até que finalmente veio a abrir capital em 2006, ano que estreou na bolsa de valores, vendendo 57% do capital e levantando R$ 480 milhões de reais. A empresa só veio a se chamar Valid em 2010, depois que o American Banknote deixou o controle da empresa.

A Valid nunca deixou de expandir suas operações e abrir o capital só acelerou mais o processo. Em 2012 a empresa já estava presente no Brasil, Argentina, Espanha e começava a consolidar a presença nos Estados Unidos oferecendo soluções de Data, Meios de Pagamento e Mobile.

Esse processo de expansão continua e já em 2015, através de uma nova aquisição, a empresa solidifica a presença nos cinco continentes do mundo. De 2015 para cá a empresa começou a expandir seus negócios para a conectividade através de Internet das coisas, blockchain, eSim Cards, etc.

Mais recentemente, em 2018, a empresa comprou a Agrotopus, uma agrotech, que detém diversas soluções tecnológicas voltadas para otimizar todos os níveis da produção agrícola.

Governança

A Valid é uma empresa listada no novo mercado, segmento de mais alta governança da bolsa de valores brasileira.

Olhando para a estrutura acionária, vemos que a empresa não tem um controlador bem definido, isto é, ninguém é dono de mais de 50%. As maiores posições são do fundo de investimentos Alaska e Cape Ann, sendo uma companhia com capital pulverizado, mais de 70% de capital no mercado.

Analisando o estatuto da empresa, verificamos que existem mecanismos para manter a empresa sem controlador definido e proteger os minoritários, recurso conhecido no mercado como Poison Pill.

Nesse caso, o sócio que atingir posição maior que 35% tem obrigação de fazer uma oferta pela empresa, e tem que ser uma oferta razoável, que respeite o maior valor entre as duas seguintes opções:  130% do maior preço nos últimos 12 meses ou valor econômico apurado em laudo de avaliação.

Como a empresa não tem um controlador bem definido, é importante criar mecanismos para alinhar o interesse da gestão ao dos sócios e demais envolvidos. Para isso, a empresa possui um programa de incentivo de longo prazo, em que busca reter seus melhores profissionais durante o tempo e, para atingir esse objetivo, a remuneração da gestão é composta de uma parte fixa e outra variável de acordo com o cumprimento das metas.

Continua…

Até aqui você conheceu a história e a governança da empresa, confira a segunda parte onde falaremos sobre os três segmentos de negócio da empresa: Identificação, Mobile e Transações.

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