Nesta coluna, você vai acompanhar de perto a minha carteira de investimentos e vai aprender mais sobre maneiras de investir melhor para construir sua própria carteira previdenciária.
A carteira terminou o mês de janeiro com uma rentabilidade de 3,82%, pior do que a bolsa de valores que valorizou 6,98%, com a ressalva que apenas 71,53% do portifólio está em renda variável e ainda uma parcela em fundos imobiliários. Nesse mês, seguimos com a estratégia de priorizar os aportes em ativos que paguem dividendos, destinando cerca de 60% do aporte a eles.
A seguir você confere tudo em detalhes.
Renda Fixa e Renda Variável
A maior parte dos aportes foram na renda variável, para fazer frente aos descontos da bolsa de valores. Mesmo assim, a carteira terminou o mês com 71,53% investida na renda variável.
Rentabilidade
Finalizamos o mês com rentabilidade de 3,82%. Considerando apenas a parcela em renda variável, a carteira valorizou 5,06%, um pouco pior do que o índice Ibovespa, que funciona como um termômetro da bolsa de valores, e valorizou 6,98%.
A rentabilidade mensal é medida ao levar em consideração a variação entre o preço na liquidação de todos os ativos e os rendimentos do mês. Para saber mais sobre o cálculo de rentabilidade.
Carteira de Investimentos
Não houve qualquer adição ou remoção de ativos na carteira, portando o número de ativos permaneceu em 32. As dez maiores posições passaram a representar 67,19% da carteira.
Das 22 ações presentes, as três maiores altas do mês foram: OIBR3 (42,67%), PRIO3 (17,89%) e VLID3 (15,48%). E as três maiores quedas foram: PMAM3 (-16,68%), IRBR3 (-16,37%) e BEEF3 (-8,62%).
Agora vamos às negociações do mês.
Negociações
Foi um mês, novamente, de poucas negociações, apenas oito, todas de compras.
Começando o mês comprando mais um lote de ações da Neoenergia (NEOE3), a empresa de energia elétrica, ao meu ver, mais descontada do setor. Aproveitando a queda recente dado o anuncio que a empresa irá pagar royalties por uso de marca ao controlador. Um pagamento que vai impactar negativamente o lucro, mas não tanto quanto a queda da cotação das ações, assim aproveitei para fazer mais uma comprinha. Mais 100 ações pelo preço de R$15,70 cada.
Também comprei mais 200 ações de IRB (IRBR3) pelo preço médio de R$ 3,34 cada. Recentemente começaram a veicular a necessidade de um novo aumento de capital e talvez por isso a cotação caiu mais de 15% em janeiro. Por enquanto só boatos, enquanto isso vou acumulando e esperando a empresa passar pelo turnaround.
Um outro ativo complicado é a empresa de meios de pagamentos Cielo (CIEL3), felizmente começou a entregar resultados positivos a alguns trimestres, e pelo visto o pior ficou para trás de vez. Agora em fevereiro se desfez de uma subsidiaria americana e vai embolsar cerca de R$ 1,5 bi, mercado gostou e a cotação disparou recentemente. Mesmo assim, ainda sigo no prejuízo, embora a cada trimestre venha ficando mais tranquilo quanto ao futuro da empresa. Comprei mais 200 ações pelo preço médio de R$ 2,08 cada.
E para finalizar as compras de ações, voltei a comprar a empresa de rede de farmácias D1000 (DMVF3), iniciei posição depois de grande queda pós IPO e mesmo assim a cotação continuou ladeira abaixo, até o ponto que atualmente é mais barato comprar as farmácias da empresa do que iniciar uma operação do zero. Assim, enxergo que o espaço da queda é limitado, até porque o resultado operacional não está tão ruim, embora não se tenha nada a comemorar. Foram mais 200 ações pelo preço médio de R$ 3,99 por ação.
E olhando para os investimentos em fundos imobiliários, tirei o pé do acelerador e comprei apenas 7 cotas, sendo cinco de MALL11 e duas de OUJP11. Quero igualar o valor investido nos quatro fundos em carteira e por isso o aporte foi destinado a estes dois.
Seguem todas as operações realizadas:
No mais, continuo deixando a reserva de oportunidade lá na NuConta, rendendo 100% do CDI sem burocracia. Sigo aguardando boas oportunidades para investimento.
Lembrando que este artigo NÃO tem qualquer recomendação de compra e venda, e possui caráter exclusivamente educativo.
Para fechar!
A Petrorio (PRIO3) segue sendo a posição mais expressiva da carteira, agora representando 17,06% da carteira, contra 15,73% em dezembro. Com a concentração atual e tendo em vista não concentrar mais de 20% em um único ativo, fico mais cauteloso para novos aportes e propenso a reduções parciais. Por outro lado, fico feliz com a que da 0,20% na participação do FGTS, cada vez menor, chegando a 11,40%.
Mais um mês com rentabilidade positiva (3,82%), quase o dobro de dezembro. Sigo direcionando a maior parte dos aportes para ativos atrelados a dividendos e esperando crescer bastante a média mensal de renda passiva.
No cenário macroeconômico, o boletim focus do dia 21 de fevereiro, apresentou novamente aumento nas expectativas para inflação (5,56% v.s. 5,15%), pequena melhora no crescimento do PIB (0,30% v.s. 0,28%) e maior taxa básica de juros (12,25% v.s. 11,75%).
Independentemente desse cenário, o que vimos foi o ingresso dos investidores estrangeiros na bolsa de valores brasileira, valorizando bastante o índice iBovespa. Particularmente, acho que, apesar de tudo, cresceremos entre 1,5% e 2%, porém não sou economista, apenas um eterno otimista. Pelo menos estava pensando assim até poucos dias atrás, antes da invasão russa à Ucrânia. Agora temos que ficar um pouco mais cautelosos até conhecermos um pouco mais dos desdobramentos dessa história. Sendo assim, continuo comprado, mas aumentei o percentual destinado a construção da reserva de oportunidade para caso tenhamos algum cenário de queda superior a 10%.
Já o setor de fundos imobiliários deu uma estabilizada e voltou a andar de lado, assim comecei a direcionar mais aportes para ele, também dentro da minha estratégia de acelerar o crescimento da renda passiva.
É isso! Me acompanhe pelo Instagram e fique por dentro das minhas negociações. Ah, e não esqueça de compartilhar o artigo com seus amigos. Vamos todos juntos caminhar para a prosperidade.
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