Entenda como 2021 começou na minha carteira e os meus principais investimentos

647
Entenda como 2021 começou na minha carteira e os meus principais investimentos

Nesta coluna, você vai acompanhar de perto a minha carteira de investimentos e vai aprender mais sobre maneiras de alocar recursos para construir sua própria carteira previdenciária.

Meus investimentos renderam -2,30% em janeiro, um pouco melhor do que o Índice Bovespa, que funciona como um termômetro do mercado de capitais, e desvalorizou 3,32%. Os novos aportes foram destinados à renda fixa, aumentando o percentual de 30,60% para 32,13%.

Aproveitando a forte alta da Petrorio (PRIO3) durante novembro e dezembro, aproveitei para vender 65 ações e diminuir a exposição do ativo na carteira. Essas vendas geraram um lucro líquido de quase R$3 mil. Para saber mais sobre os ganhos com rendimentos, clique aqui.

Abaixo, você confere mais comentários sobre o restante das negociações e eventos subsequentes ao mês de janeiro.

Renda Fixa e Renda Variável

Em janeiro, a maior parte dos aportes foi na renda fixa, enquanto na renda variável as negociações se traduziram apenas em equilíbrio da carteira, sem adicionar dinheiro novo na bolsa. Isso somado à queda superior a 3% da bolsa, fez com que o percentual investido em renda variável caísse de 69,40% para 67,87%, deixando a carteira mais equilibrada.

Rentabilidade mensal

Minha carteira terminou o mês de janeiro com uma rentabilidade negativa de 2,30%. Considerando apenas a parcela em renda variável, a carteira teve uma desvalorização de -3,44%, um pouquinho pior que o índice Ibovespa, que funciona como um termômetro da bolsa de valores e desvalorizou 3,32%.

A rentabilidade mensal é medida ao levar em consideração a variação entre o preço na liquidação de todos os ativos e os rendimentos do mês. Para saber mais sobre o cálculo de rentabilidade.

Durante o mês, realizei lucro em Petrorio (PRIO3), maior alta da carteira, a fim de melhorar a relação risco x retorno da carteira e diminuir a exposição em renda variável. Durante o mês já deixei o dinheiro separado para as subscrições do banco ABC e para a companhia de viagens CVC, algumas subscrições com preço bem abaixo do valor negociado no mercado.

Para saber mais sobre os ganhos com dividendos e vendas de ativos, clique aqui.

Carteira de Investimentos

O número de ativos na carteira subiu de 26 para 28. Adicionei a empresa de proteínas Minerva Foods (BEEF3) e a companhia de saneamento do Paraná Sanepar (SAPR4). A concentração diminuiu e as dez maiores posições da carteira representam 69,77%, ante os 72,06% de dezembro.

Janeiro foi um mês de baixa. Das minhas 20 ações, apenas quatro fecharam no positivo: PETZ3 (+12,57%), FESA4 (+11,30%), CIEL3 (+2,75%) e PRIO3 (+0,43%). Quatro tiveram variação negativa superior a 10%: SAPR4 (-15,49%), IRBR3 (-11,98%), TRIS3 (-11,84%) e DMVF3 (-10,02%).

Agora vamos às negociações do mês.

Negociações

Esse também foi um mês de razoável número de negociações. Quase todas compras, apenas duas vendas.

Vamos começar pelas vendas, ambas foram da petroleira Petrorio (PRIO3), não porque deixei de acreditar na empresa, mas apenas para controlar a exposição da carteira. Caso não tivesse vendido, cerca de 30% da carteira de renda variável seria composta por Petrorio. O barril Brent continuou a subir e atualmente é negociado acima de $60. Com o dólar valendo mais de R$5, é até conservador considerar que a empresa vale pelo menos R$80/ação. As duas vendas totalizaram 65 ações pelo preço líquido de R$76,60 cada, gerando um lucro líquido de quase R$3 mil.

Com o caixa abastecido, as compras foram destinadas a basicamente dois ativos que não estavam presentes na carteira: Minerva Foods (BEEF3) e Sanepar (SAPR4).

A Minerva Foods é uma empresa de proteína animal, com vendas tanto no Brasil quanto em outras partes do mundo e que vem passando por um processo de turnaround nos últimos anos, sendo que nos últimos quatro trimestres a companhia apresentou lucro em todos eles. Do meu ponto de vista, com o problema dos suínos na China e o dólar acima de R$5, a empresa deve continuar sendo beneficiada. Além do mais, a Athenas Food, subsidiária da empresa, ensaiou um IPO há um tempo atrás e na época cogitava que esse pedaço da empresa vale praticamente o valor da empresa atualmente. Todos esses pontos me deixam confiantes com a empresa, apresar dos seus riscos. Por isso, abri posição na empresa, começando com 200 ações pelo preço médio de R$10,10/ação.

Já a Sanepar (SAPR4) é um ativo que já tive na carteira, mas acabei vendendo pouco tempo antes da crise do Coronavírus por considerar a empresa sobrevalorizada e entender que haviam outros ativos mais baratos. Na época vendi quase toda minha posição próxima ao preço de topo, com preço médio acima de R$6,50. Vendi uma pequena parte pós-crise, por um preço de quase R$5/ação. 

Agora, depois das revisões tarifárias questionadas pela agência reguladora, inclusive com possível mudança no indexador de reajuste, que era por IGPM (alta superior a 20%) e estão querendo mudar para IPCA (próximo a 4%) o mercado voltou a considerar o peso do Estado e já precifica a empresa com um bom desconto, abaixo dos R$4,50/ação. Nos preços atuais, passei a considerar a empresa novamente como uma boa opção de investimento e comprei 500 ações por um preço médio de R$4,52. Agora é acompanhar e continuar comprando, caso o mercado continue pessimista.

Ah, e também aumentei posição em Oi (OIBR3), mais 100 ações por R$ 2,20 cada. Aproveitei para aumentar posição depois que o mercado deu uma corrigida superior a 10%. A Oi já está nas tratativas para a venda de parte da Infra Co., unidade responsável pela infraestrutura de fibra ótica, devendo sair decisão em breve, tudo indica que um pouco acima do valor mínimo estimado. A Oi segue sendo uma empresa de risco, porém esse risco vem diminuindo à medida que a empresa vem ganhando participação de mercado na fibra ótica e levantando dinheiro através das vendas de diversas unidades. Vamos aguardar.

Seguem todas as operações realizadas:

No mais, continuo deixando a reserva de oportunidade lá na NuConta, rendendo 100% do CDI sem burocracia. Sigo aguardando boas oportunidades para investimento.

Lembrando que este artigo NÃO tem qualquer recomendação de compra e venda, e possui caráter exclusivamente educativo.

Para fechar!

Em janeiro, o índice Ibovespa desvalorizou 3,32%, correção após dois meses de forte alta. A minha carteira de renda variável também desvalorizou (-3,44%) fechando com um resultado um pouco pior do que o índice Ibovespa.

O cenário econômico continua nebuloso, embora a aprovação de vacinas e produção esteja cada vez maior, trazendo um sinal de esperança e que vencer a pandemia será questão de tempo.

Do ponto de vista político, tivemos eleição de presidentes da câmara e do senado, ambos se declararam independentes, mas nos bastidores fala-se em candidatos pró-governo. O fato é que ambos, a priori, parece que vão colaborar mais com uma agenda em comum e, com isso, as perspectivas de reformas do Estado melhoraram. Inclusive com promessas de aprovação de reforma tributária entre seis e oito meses.

Ainda durante fevereiro, a Wiz, uma das minhas maiores posições em carteira, anunciou que perdeu as licitações para continuar prestando o serviço de distribuição e comercialização de seguros junto à Caixa Econômica Federal. Apesar das chances estarem a favor da Wiz, o pior cenário aconteceu.  A empresa assinou contrato de transição que vai durar seis meses, reduzindo as comissões mês a mês até o encerramento. É o fim do mundo? Não, confira nossa análise.

É isso, Poupadores e Poupadoras! Sigo investindo e acreditando no futuro do Brasil. Me acompanhe pelo Instagram e fique por dentro das minhas negociações. Ah, e não esqueça de compartilhar o artigo com seus amigos. Vamos todos juntos caminhar para a prosperidade.

Ficou com alguma dúvida? Comenta aqui embaixo.

Artigo anteriorWiz: será que as parcerias darão bons resultados?
Próximo artigoEste ano está surpreendendo muito