Nesta coluna, você vai acompanhar de perto a minha carteira de investimentos e vai aprender mais sobre maneiras de investir melhor para construir sua própria carteira previdenciária.
A carteira terminou o mês de agosto com uma rentabilidade de 0,58%, muito melhor que a bolsa de valores que caiu 2,48%. Os aportes, em maior parte, se concentraram na renda variável e foram distribuídos durante todo o mês.
Fazia tempo que não via oportunidades tão boas, e por isso foi o mês que mais aportei até o momento. Não podia deixas as oportunidades passarem, não é mesmo?
A seguir você confere tudo em detalhes.
Renda Fixa e Renda Variável
Em agosto, em maior parte dos aportes foram na renda variável, e por isso o percentual aumentou em mais 1%, atingindo 71,04%, apesar da queda da bolsa de valores.
Rentabilidade
A carteira terminou o mês com uma rentabilidade de 0,58%. Considerando apenas a parcela em renda variável, a carteira teve valorização de 0,40%, melhor que o índice Ibovespa, que funciona como um termômetro da bolsa de valores, e desvalorizou 2,48%.
No acumulado de 2021 minha carteira de renda variável segue com 14,71% de valorização contra desvalorização de 0,19% do índice iBovespa (BOVA11) e valorização de 1,30% do índice Small Cap (SMAL11).
A rentabilidade mensal é medida ao levar em consideração a variação entre o preço na liquidação de todos os ativos e os rendimentos do mês. Para saber mais sobre o cálculo de rentabilidade.
Carteira de Investimentos
O número de ativos na carteira continuou em 29, sem mudanças. As dez maiores posições representam 70,99% da carteira.
Das 20 ações presentes na carteira, as três maiores altas foram: CMIG4 (13,15%), ABCB4 (12,28%) e FESA4 (7,89%). E as três maiores quedas foram: DMVF3 (-18,29%), CIEL3 (-15,09%) e TRIS3 (-12,39%).
Agora vamos às negociações do mês.
Negociações
Foi um mês movimentado, operei durante o mês inteiro enquanto a bolsa seguia em queda.
As cotações das empresas do setor de construção civil caíram bastante devido a escalada na alta de juros e inflação. Aproveite para reforçar a posição em Trisul (TRIS3), única empresa do setor presente em minha carteira, foram compradas 200 ações pelo preço médio de R$ 7,77 por ação, baixando meu preço médio para R$ 10,85 por ação. Aos R$ 7 por ação a empresa negocia próximo ao valor patrimonial o que me traz uma boa tranquilidade para longo prazo, mesmo assim, em um cenário adverso, não me surpreenderia a cotação chegar por volta dos R$ 5, próximo a 0,7 vezes o valor patrimonial. Portanto, para o momento, acredito que a empresa possa ser cotada entre 5 e 15 a depender do cenário.
Adicionei mais 500 ações da Oi (OIBR3), pelo preço médio de R$ 1,10 cada. A empresa segue entregando os resultados prometidos e devo intensificar as compras enquanto a cotação estiver em baixa. É perceptível o valor abaixo do preço justo, basta comparar com os concorrentes com capital aberto. Para saber se a Oi está barata, clique aqui. Espero comprar ações todos os meses, pelo menos enquanto a empresa entregar o que promete.
Aproveite para aumentar posição Neoenergia (NEOE3), uma das últimas adições à carteira, empresa privada do setor elétrico que acredito ser a mais descontada do momento. Além, de vir em uma ótima fase entregando ótimos resultados, alinhando previsibilidade e crescimento em um mesmo ativo. Foram adquiridas 100 ações pelo preço médio de R$ 16,51 cada.
Outro setor que o mercado anda pessimista é o de educação, um dos setores mais prejudicados na pandemia, mas para o um país crescer, é necessário educação. Assim, acho que o setor se recuperará em algum momento e vejo a Cogna (COGN3) bem posicionada, inclusive construindo um marketplace para a educação, o qual acredito que renderá ótimos frutos no médio prazo. Até lá, sigo investindo na empresa, foram compradas mais 100 ações pelo preço de R$ 3,13 cada. Preço médio baixou para R$ 6,23.
Também comprei mais 100 ações da Minerva Foods (BEEF3) pelo preço médio de R$ 8,34 por ação. A empresa continua gerando muito caixa e promete distribuir bastante dividendos, o preço da carne deve baixar um pouco e contribuir para resultados ainda melhores. Nesse patamar de preços, pretendo seguir com mais aportes.
Outra empresa que venho comprando ações e que está com cada vez mais destaque na carteira, é a Sanepar (SAPR4), mês a mês venho comprando enquanto a cotação segue em preços favoráveis. Foram mais 300 ações, pelo preço médio de R$ 3,90 cada.
Ainda investi em Banrisul (BRSR6) pelos preços muitos atrativos, fazia meses que espera oportunidades assim, a última compra de ações desta empresa tinha acontecido em março. Na verdade, os bancos, de maneira geral, seguem descontados. Foram mais 160 ações pelo preço médio de R$ 12,05 por ação.
E, finalmente, a última empresa investida no mês foi a resseguradora IRB (IRBR3), mais 100 ações pelo preço médio de R$ 5,10 cada. Sigo confiante que a empresa começara a apresentar resultados cada vez mais positivos a partir do terceiro trimestre.
O restante dos investimentos se concentrou nos fundos imobiliários. Dessa vez, o investimento foi direcionado para os fundos BTLG11 e OUJP11. Comprei 13 cotas de BTLG11 pelo preço médio de R$ 109,01. E comprei 6 cotas de OUJP11 pelo preço médio de R$ 89,91 cada.
Seguem todas as operações realizadas:
No mais, continuo deixando a reserva de oportunidade lá na NuConta, rendendo 100% do CDI sem burocracia. Sigo aguardando boas oportunidades para investimento.
Lembrando que este artigo NÃO tem qualquer recomendação de compra e venda, e possui caráter exclusivamente educativo.
Para fechar!
A Petrorio (PRIO3) segue sendo a posição mais expressiva da carteira e é uma empresa que tenho total confiança na administração do negócio, pesa contra depender do preço de sua commodity (petróleo), podendo sofrer com a valorização ou desvalorização dela. Felizmente, até o momento, o preço do barril de petróleo tem se mantido acima dos 60 dólares, patamar que faz a empresa ser muito lucrativa. Até quando ficará acima disso? A verdade é que ninguém sabe. Enquanto isso a empresa vai fazendo o dever de casa: aumentar produção e ser mais eficiente.
O mercado de fundos imobiliários continua em bom momento para investimento e por isso sigo aportando com moderação. Acredito estarmos em uma fase de acumulação, quem tiver paciência poderá ganhar um bom dinheiro quando os juros de longo prazo voltarem a cair.
Particularmente acho as ações mais atraentes, e por isso, a parcela em fundos imobiliários (FIIs) em minha carteira é pequena. O apreço que tenho é pelos FIIs são pela renda média de 6% acima da inflação, rendimento mensal e uma boa previsibilidade.
No cenário macroeconômico brasileiro as estimativas mais recentes apontadas pelo boletim Focus mostram que teremos um ano com mais inflação e juros. A expectativa mais recente aponta para Selic em 8,25% e a inflação em 8,45% para o final de 2021.
Do lado fiscal as receitas vêm apresentado resultados acima das expectativas diminuindo a estimativa de déficit primário das contas públicas. O desemprego segue diminuindo e as reformas seguem avançando, aparentemente tudo começa a apontar para um país de volta aos trilhos.
Dado todo esse cenário, sigo investindo em bons negócios e esperando pacientemente eles florescerem e darem bons frutos. Me acompanhe pelo Instagram e fique por dentro das minhas negociações. Ah, e não esqueça de compartilhar o artigo com seus amigos. Vamos todos juntos caminhar para a prosperidade.
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